Uma das tarefas mais difíceis para uma banda é a de conseguir produzir algo que não soe como uma reciclagem caricata e datada, mesmo sendo ser fortemente influenciada pela música ou estética de determinada época. Uma das melhores bandas brasileiras da primeira década dos anos
2000, a brasiliense The Pro é um bom exemplo disso.
O post punk dos 80s está no seu DNA, não só nas composições
mas no âmago da concepção conceitual e filosófica da banda. Esse espírito é
perfeitamente ilustrado pelo título do disco de estreia, “Isso é o fim”, de
2011. E não era blefe. A banda realmente acabou pouco tempo depois.
O vocalista
Zé Roberto se mudou para Nova York, os demais integrantes seguiram em outros
projetos e o The Pro virou história. Mas, agora está de volta. E pra não fugir das
raízes, o retorno está sendo anunciado como uma despedida definitiva.
Para ele, a Brasília que reencontrou está menos receptiva ao inédito. “O que vemos agora são festas só com DJs e
bandas covers fazendo o sucesso que os projetos autorais nunca conseguiram. Não
me surpreende ver que as bandas covers são formadas pelos mesmos integrantes que
formavam as bandas autorais da cidade. O que antes era só uma reunião de
amigos, agora é o que recebe mais demanda do público”, e prossegue.
“Sim, isso não é só sobre as bandas, mas também sobre o
público que preferiu assim e não se preocupa tanto com músicas inéditas. Tempos
modernos, realidade moderna. A facilidade em conseguir música fez com que ela
perdesse um pouco da magia. Vi bandas incríveis surgirem
quase que ao mesmo tempo em Brasília. Fico honrado de ter feito parte dessa
onda mesmo com todas as dificuldades.
Acho que o The Pro deixou sua marca e a
música ficará aí pra sempre. E é a música que importa”.
O reencontro do The Pro acontece nessa sexta (28), às 23
horas, no Velvet Pub – 102 Norte, em Brasília. A banda também está presente no
volume 1 da coletânea com 30 hits dos anos 2000 que você possivelmente não conhece.
Saudades dos anos 90, quando a cena de Brasília era formada em sua maioria por bandas autorais, que tinham muito público. Todos os shows estavam sempre lotados. Como não lembrar da OZ (a melhor de todas), os Cabeloduro arrebentando no Garagem, Maskavo Roots (antes de virar esse arremedo que é hoje, que faz reggae de playboy), Little Quail, os inigualáveis Wallaces (no Cine Ritz, Gates, Chez Michou, Calourada da UNB), Platina Forever (Humphrey Bogart is the first punk!) e tantas outras bandas legais. Realmente hoje o que vemos são DJs (que tocam (?!?!?!?!) nas festas) e bandas cover. Acabou-se o rock Brasília, apenas alguns poucos resistem (principalmente no entorno). Quem viveu esse período como eu, sabe do que estou falando, que saudade!
ResponderExcluirToquei batera na Banda Platina Forever, gostaria de ver um video ou ouvir uma daquelas musicas kkkkk....nunca mais vi a galera, estou fora de brasilia desde 2006.....valewwwwww
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