28/10/2008

Série Pós-Punk: 8 – Talking Heads

David Byrne - Voz, Guitarra, Violão
Chris Frantz - Bateria
Tina Weymouth - Baixo, Teclado
Jerry Harrison - Guitarra, Teclado

Aaaaaaaaah! Taí outra banda que é de suma importância para o rock e pop. Como já disse no post do Pil, se você não conhece Talking Heads, não diga a ninguém, baixe os discos e escute exaustivamente. Existem algumas poucas e boas bandas em que tudo que fizeram vale a pena. Tudo! Talking Heads é uma delas.

Americana de Nova Iorque, o TH surgiu em setembro de 74 (o Stranglers também). A banda existiu até 1991 e lançou 11 discos.

No início de tudo eram apenas David Byrne e Chris Frantz*, que se conheceram na escola de Design que estudavam. Nesse período a banda se chamava The Artistics. Na seqüência entrou Tina Weymouth* que já namorava Chris (eles se casaram em 1977 e tem dois filhos). Com os três a banda mudou de nome para Talking Heads.
O 1º show da banda aconteceu em 1975, no CBGB’s, abrindo show para Ramones. É dessa turma que o Talking Heads faz parte: Ramones, Blondie, Television, Patti Smith, Richard Hell. E também como muitos nomes dessa turma, o Talking Heads assinou contrato com a Sire Records.

David Byrne, conhecido como intelectual, experimentador, era (e é) bem relacionado. O 1º disco da banda saiu em 1977 e, pra mim, todos os discos lançados até 1985, são clássicos.
Apesar de ser uma turma enorme e unida essa galera que freqüentava o CBGB’s, entre outros clubes, as bandas tinham diferenças brutais entre elas. No caso do Talking Heads, misturava o rock, o Punk Rock (nas letras e no "faça você mesmo"), com sons africanos, swingue, percussão, world music e muito experimentalismo, principalmente nos timbres de guitarra. Diferente da maioria das bandas amigas, o TH não usava tanta distorção nas guitarras e, como a Plebe, tinha um discurso cínico, político, cutucava na ferida.
A partir dos anos 1980 David Byrne passou a dividir o Talking Heads com outros projetos: fez discos solos, compôs trilhas sonoras para cinema e até dirigiu a filme True Stories (que vale a pena assistir).

Em 1984 a banda lançou o disco ao vivo Stop Making Sense, que também saiu em vídeo (hoje DVD) dirigido por Jonathan Demme (que anos mais tarde ganhou Oscar pelo filme O Silêncio dos Inocentes). O show é espetacular, começa sem cenário algum, sem iluminação apropriada, apenas com Byrne, um violão, um microfone e um rádio gravador. A medida que o show corre, os integrantes vão surgindo no palco e outros elementos vão sendo postos: percussão, backing vocais, teclados, cenário, iluminação, figurino. É de tirar o chapéu. Hoje é fácil encontrar Stop Making Sense em DVD. É obrigatório assistí-lo.
Bem, já a essa altura o Talking Heads era um super grupo com super colaboradores como Brian Eno (que produziu vários discos) e o grande guitarrsita Adrian Belew**, que gravou e acompanhou a banda em algumas turnês.

Talking Heads é item obrigatório, fundamental! Aqui deixo três ótimos discos para download e mais uma apresentação ao vivo tirada do You Tube. Se não quiser baixar os três discos, sugiro o ao vivo The Name of This Band is Talking Heads.

Chris Frantz e Tina Weymouth, em 1980, formaram o Tom Tom Club e também colaboram com o Gorillaz.

** Adrian Belew também era do King Crimson (sua banda principal) e Tom Tom Club.
PS: No disco True Stories há a música “Radio Head”, que inspirou o nome da banda inglesa Radiohead. (PM)

Discografia:
1979 - Fear of Music
1980 - Remain in Light
1983 - Speaking in Tongues
1984 - Stop Making Sense (Live)
1985 - Little Creatures
1986 - Sounds Of True Stories
1986 - True Stories
1988 - Naked

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